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Auditoria prova que 'caixa-preta' do BNDES é fantasia, dizem funcionários

Por Folha de São Paulo

21/01/2020 21h07 — em
Economia



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A AFBNDES (associação dos funcionários do BNDES) afirmou nesta terça-feira (21) em nota que o relatório da consultoria Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP comprova que nunca existiu a "caixa-preta" do banco.

O BNDES pagou R$ 48 milhões para que a empresa fizesse uma investigação sobre operações do banco com as empresas JBS, Bertin e Eldorado, entre os anos de 2005 a 2018. A auditoria não encontrou indícios de corrupção em oito operações investigadas.

Para a associação, o relatório "não é um fato isolado. Suas conclusões são convergentes com os fatos apurados em CPIs sobre o BNDES, em comissões de apuração interna e, muito importante, no primeiro posicionamento da Justiça sobre denúncia do Ministério Público contra empregados do BNDES".

A entidade cita que o juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, ao examinar a denúncia do Ministério Público sobre o tema, afirmou que "os depoimentos colhidos na fase investigativa (...) negam peremptoriamente qualquer interferência, influência, orientação, pressão, constrangimento ou direcionamento na tramitação dos processos de aporte financeiro do BNDES".

A AFBNDES diz que os fatos "desconstroem a fantasiosa 'caixa-preta' do BNDES, que políticos demagogos, com objetivos eleitorais mesquinhos, e alguns atores do mercado financeiro, que visam obter vantagens com a redução de tamanho do BNDES, lamentavelmente ainda tentam incutir na opinião pública".

Na nota, a associação também cobra que a diretoria do banco "faça ampla divulgação de suas conclusões defendendo a instituição que ela tem por obrigação representar e defender". Para o presidente da entidade, Arthur Koblitz, "as declarações da atual diretoria continuam cheias de ambiguidade". 

"Se as conclusões da consultoria ajudarem a redefinir o debate público sobre o BNDES, o valor gasto na sua contratação terá valido a pena. (...) Chega de perder tempo com discussões vazias e discursos demagógicos sobre supostos malfeitos completamente destituídos de evidências", diz o texto assinado por Koblitz.

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