13º salário deve injetar R$ 321,4 bilhões na economia brasileira, segundo Dieese
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O pagamento do 13º salário até dezembro de 2024 deve movimentar cerca de R$ 321,4 bilhões na economia brasileira, segundo projeções do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Esse valor, que representa cerca de 3% do PIB (Produto Interno Bruto), beneficiará aproximadamente 92,2 milhões de brasileiros, proporcionando um rendimento extra médio de R$ 3.096,78.
O pagamento do 13º salário de 2024 para trabalhadores com carteira assinada deve ser feito em parcela única ou em duas parcelas: a primeira até 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro. O dinheiro pode ser pago por empregadores de três formas: em parcela única até 30 de novembro, junto com as férias (se solicitado com antecedência ao empregador), ou em duas vezes, com a segunda parcela paga até 20 de dezembro.
No caso do 13º do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), aposentados e pensionistas já receberam as duas parcelas no primeiro semestre. Mas quem começou a receber o e benefício a partir de junho deste ano vai ter o 13º do INSS em parcela única, em novembro.
Os cálculos do Dieese incluem o valor total pago pelo INSS a seus beneficiários, incluindo as parcelas que já foram antecipadas. Assim, os dados representam uma projeção do volume total de 13º que entrará na economia ao longo do ano. Os números não consideram trabalhadores autônomos ou informais, nem beneficiários de categorias que recebem parte do 13º antecipadamente via acordos coletivos.
Os recursos do 13º são distribuídos entre trabalhadores formais, incluindo empregados domésticos, e beneficiários de regimes previdenciários, como aposentados e pensionistas do INSS e servidores de regimes próprios da União, estados e municípios. Do total, R$ 214 bilhões, ou 66%, irão para trabalhadores formais.
Segundo o Dieese, a divisão regional dos recursos reflete o perfil econômico do país. O Sudeste, que concentra a maior parte dos empregos formais, ficará com 50,1%. O Sul e o Nordeste recebem, respectivamente, 16,7% e 15,9%, enquanto o Centro-Oeste e o Norte ficam com 9% e 5% do total.
O Distrito Federal tem o maior valor médio do 13º (R$ 5.665). Já estados como Maranhão e Piauí terão médias mais modestas, por volta de R$ 2.000.
Para os assalariados dos setores público e privado, que somam cerca de 55,5 milhões de trabalhadores no mercado formal, a maior parte do 13º será destinada ao setor de serviços, responsável por 64,6% do total. A indústria e o comércio receberão 17% e 13%, respectivamente.
No estado de São Paulo, que responde por quase 30% dos recursos totais, cerca de 24 milhões serão beneficiados, injetando R$ 96,2 bilhões na economia paulista, o que representa 2,7% do PIB estadual.
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