Manaus/AM - A polícia apresentou na manhã dessa segunda-feira (17), Ângelo Ricardo da Silva Leocadio Júnior, 18, suspeito de matar um jovem de 31 anos e a tia dele, uma idosa de 70 anos na casa onde moravam no bairro Redenção, na Zona Oeste, no último dia 3 de dezembro.

Segundo a polícia, Ângelo estava escondido no município de Presidente Figueiredo e foi preso no último sábado (15). Conforme o delegado Orlando Amaral, as vítimas Alexsandro Mateus Araújo de lima e Arlete Pinheiro de Araújo, foram encontradas mortas no fim da tarde do dia seguinte, por um amigo que estranhou o jovem não ter ido trabalhar.

Tia e sobrinho estavam nus e com as cabeças esmagadas em banheiros diferentes da residência onde moravam sozinhos. De acordo com o delegado, em depoimento Ângelo contou que conheceu Mateus por meio do Facebook cerca de uma semana antes do crime.

Depois de fazer uma série de elogios e promessas de que poderia produzi-lo e ajudá-lo a ser tornar modelo, o vendedor teria convidado o suspeito para ir a casa dele. Ao chegar, por volta das 9h, os dois foram para o quarto e em certo momento, teriam se desentendido porque a vítima queria manter relações sexuais com ele.

Foto: Caio Guarlotte/Portal do Holanda

Irritado com a proposta, Ângelo partiu para cima de Alexsandro e aplicou lhe um golpe de jiu-jitsu que o derrubou no chão. Desmaiada, a vítima foi golpeada várias vezes com um tesoura. Para a polícia, Júnior negou que tenha batido a cabeça de Alexsandro contra o chão até dilacerá-la,  mas a perícia constatou o fato. 

Arlete não estava em casa quando o encontro aconteceu. Ela chegou ao local às 11h e deu de cara com o suspeito fugindo com roupas e os pertences do sobrinho. Assustada ela começou a gritar, mas foi atacada por Júnior que o arrastou para banheiro e a matou da mesma forma.

Leocádio foi preso após denúncias anônimas revelarem o paradeiro dele. Se dizendo arrependido, ele indicou os locais onde estavam os objetos roubados da casa. Segundo Amaral, o suspeito não tinha ficha criminal e deve ser encaminhado para o Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM).