Vasco tropeça no Coritiba no Maracanã
A recente ascensão do Vasco no Brasileiro sob o comando de Zé Ricardo tem como pilar um time muito mais seguro defensivamente. Tal característica até foi mantida neste sábado: o gol sofrido teve certa dose de acidente. Faltou contundência ofensiva, pecado principal do empate em 1 a 1 com o Coritiba, num Maracanã com 30 mil vascaínos. O resultado impede o time de entrar no grupo dos sete primeiros. A sonho da vaga na Libertadores não acabou, mas sofreu um abalo .
Parecia meio caminho para a vitória o gol que o time encontrou logo aos 15 minutos, em cobrança de córner de Nenê desviada para o próprio gol por Matheus Galdezani. Nenê, aliás, pareceu tão preocupado em comemorar quanto em reivindicar a autoria. Não convenceu o juiz.
É verdade que, até ali, o time vivia bom momento, tinha controle da partida. Mas a construção ofensiva do Vasco é um ponto que precisa evoluir. A preocupação inicial no curto tempo de trabalho de Zé Ricardo foi ordenar o time sem a bola.
Estavam postas as condições para este Vasco marcar mais perto de seu campo e apostar nos contragolpes. A primeira parte do plano foi cumprida, já que o Coritiba nunca incomodou até o intervalo. Faltava um pouco mais de escape ao Vasco, de capacidade de levar a bola para o campo rival. Tanto que nenhuma outra chance importante foi criada até o fim do primeiro tempo. A bem da verdade, nem de um lado, nem de outro.
Wellington e Jean faziam bem a proteção à zaga, mas dificilmente o time encontrava Pikachu e Mateus Vital pelos lados do campo, para ter velocidade. Se não parecia na iminência de sofrer o empate, o Vasco também não se aproximava de definir a partida.
Curioso que o Vasco sofreu o gol de empate, que transformou o jogo, num momento em que produzia mais. Em 15 minutos de segundo tempo, já finalizara três vezes com algum perigo: duas finalizações de Wellington, uma delas após Andrés Rios ter dificuldade em dominar um chute cruzado de Pikachu, e um chute de fora da área de Mateus Vital.
TENSÃO NO FIM
Por falar em Andrés Rios, o argentino voltou a ter dificuldade. Não conseguiu segurar a bola na frente, deu poucas opções, mas é fato que o time também teve raros momentos de boa produção ofensiva.
A esta altura do jogo, já estava em campo o alemão Baumjohann que, descontada a curiosidade em torno de sua presença no futebol brasileiro, pareceu ter leitura de jogo, mas certa falta de ritmo. Moveu-se entre volantes e zagueiros do Vasco e deu algum trabalho. Mas o empate paranaense surgiu num chute de Rildo que contou com desvio de Breno, enganando Martín Silva.
Zé Ricardo trocou os dois pontas: tirou Vital e Pikachu e pôs Guilherme e Paulo Vítor. Antes, já substituíra Rios por Thalles. Ocorre que gols sofridos têm sido um golpe duro para este Vasco. O time costuma de desestabilizar. Dali em diante, forçou mas não criou. No fim, perdeu Breno numa expulsão que pareceu exagerada.
VASCO 1 X 1 CORITIBA
Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Assistentes: Alex Ang Ribeiro (SP) e Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo (SP)
Renda/público: R$ 994.495,00/30.351 presentes/25.683 pagantes
Cartões amarelos: Mateus Vital (VAS) e Matheus Galdezani, Iago Dias, Léo (COR)
Cartão vermelho: Breno 49'/2ºT (VAS)
GOLS: Matheus Galdezani contra 15'/1ºT (1-0), Rildo 21'/2ºT (1-1)
VASCO: Martin Silva, Madson, Breno, Anderson Martins e Ramon; Jean e Wellington; Yago Pikachu (Guilherme Costa 30'/2ºT), Mateus Vital (Paulo Vitor 30'/2ºT) e Nenê: Andrés Rios (Thalles 23'/2ºT). Técnico: Zé Ricardo.
CORITIBA: Wilson, Léo, Werley, Cleber Reis e Thiago Carleto; Jonas, Alan Santos, Matheus Galdezani (Iago Dias intervalo) e Rafael Longuine (Baumjohann intervalo); Rildo (Edinho 40'/2ºT) e Henrique Almeida. Técnico: Marcelo Oliveira.
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