Em Manaus, 210 detentos são indiciados por mortes durante massacre no Compaj
Manaus/AM - A Polícia Civil anunciou nesta sexta-feira (1) que 210 detentos serão indiciados pela morte de outros 56, ocorridas durante a rebelião no início do ano no regime fechado do Complexo penitenciário Anisío Jobim (Compaj).
Em coletiva de imprensa nessa manhã, o delegado Ivo Martins afirmou que um grupo de investigações foi criado para investigar o massacre e conseguiu reunir um número significativo de provas que comprovam a participação dos acusados, todos segundo ele, devidamente identificados. Entre elas estão perícias feitas no local, exames de necropsia, imagens do circuito interno de segurança e depoimentos de presos e testemunhas dos assassinatos.
Conforme o delegado Frederico Mendes, durante o processo ficou comprovado que o massacre foi motivado por uma uma guerra entre as facções Família do Norte (FDN) e Primeiro Comando da Capital (PCC) que disputam o controle dos presídios na capital. Além disso, suspeitos alegaram que detentos do PCC jogavam chacota para os membros da FDN e teriam chegado a ameaçar familiares da facção rival durante as visitas, o que aumentou ainda mais o clima de tensão entre eles.
De acordo com ele, a ordem de execução partiu de “Zé Roberto”, da FDN, que está em um presídio federal. Mendes revela que a polícia encontrou uma carta que dava detalhes de como a rebelião deveria acontecer. O massacre iniciou logo após a visita das famílias dos presos, por volta das 16h15 e é tido como maior e mais sangrento da história.
A polícia afirma ainda que alguns dos indiciados já estão soltos e devem ser presos novamente por conta das acusações, outros morreram durante o processo e há ainda aqueles que tiveram redução de pena, o que deve ser revisto já que ficou comprovada a participação deles no crime.
Conforme o delegado Rodrigo Azevedo, durante o processo ficou comprovado que o massacre foi motivado por uma uma guerra entre as facções Família do Norte (FDN) e Primeiro Comando da Capital (PCC) que disputam o controle dos presídios na capital.
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