Documentário revela que princesa Diana desconfiava de acidente de carro dois anos antes de sua morte
A morte inesperada da princesa Diana, em 1997, chocou o mundo e trouxe discussões acerca da atuação dos paparazzis. Dois anos antes, porém, Lady Di chegou a escrever notas sobre a desconfiança em torno de um acidente armado "para se livrar" dela.
Foi o que revelou A Morte de Princesa Diana, documentário que irá ao ar no dia 26 de agosto pelo Discovery.
Em um trecho obtido com exclusividade pelo site norte-americano The Daily Beast, autoridades falaram sobre as cartas de Diana e um encontro feito para averiguar as suspeitas.
O representante legal pessoal da princesa, Victor Mishcon, realizou uma reunião no dia 30 de outubro de 1995 "de portas fechadas" com Patrick Jephson, secretário pessoal dela.
Na ocasião, a princesa teria dito que fontes confiáveis, que ela não revelaria, a haviam dito que, em abril de 1996, esforços seriam feitos para a matar em um acidente de carro causado por "falha de freios ou outros meios".
O representante legal chegou a preparar uma nota após a reunião, chamada de "Nota Mishcon".
Ele entregou o registro a Paul Condon, então comissionário da Polícia Metropolitana, que foi guardada em um cofre da Scotland Yard, sede da polícia em Londres.
John Stevens, antecessor de Condon e chefe do inquérito sobre a morte de Diana, disse ao The Daily Beast que apenas soube da existência da nota quando foi nomeado comissário.
Segundo Stevens, o representante legal de Lady Di não havia dado importância ao relato da princesa. "Vi Lord Mishcon cerca de um mês antes de ele morrer, em 2005, e ele manteve o fato de que achava que ela era paranoica, e não deu muito crédito a isso", contou.
A "Nota Mishcon" foi incluída no inquérito da morte de Diana. Pouco tempo depois, uma carta supostamente escrita por ela em outubro de 1996, dois meses antes do divórcio com o príncipe Charles, trazia novas acusações.
O documentou foi encontrado pelo mordomo Paul Burrell e publicado em 2003 no livro A Royal Duty, escrito por ele. Nele, Diana pedia "forças", pois o marido estaria planejando provocar um acidente de carro que a mataria.
"Eu estou aqui sentada em minha mesa em outubro desejando que alguém me abrace e me encoraje a permanecer forte e a manter minha cabeça erguida. Essa fase em particular da minha vida é a mais perigosa – meu marido está planejando 'um acidente' com o meu carro para se casar com Tiggy (Tiggy Legge-Bourke, assistente pessoal de Charles à época)", teria escrito a princesa.
No documentário, o mordomo alegou que Diana estaria "passando por um momento complicado". "Quando ela me entregou essa carta, a princesa estava passando por um momento muito complicado da vida dela. Ela não estava saudável e os sentimentos dela eram erráticos", alegou.
Lady Di morreu no dia 31 de agosto de 1997 após o motorista do carro em que estava ter perdido controle da direção ao tentar despistar de paparazzis. O carro bateu em alta velocidade em um pilar do túnel d'Alma, em Paris.
Além de Diana, o motorista e o então namorado dela, Dodi Fayed, também morreram. Apenas o guarda-costas da princesa sobreviveu ao acidente.
Apesar de surgirem teorias de que a morte teria sido armada, a polícia britânica chegou à conclusão de que não haviam conspirações para assassinar Lady Di.
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