Depoimentos confirmam suspeitas sobre o pai de Rebeca
O motorista dele e seu cunhado teriam dito à polícia que as ações de Carlos antes do crime foram premeditadas. Pela manhã, horas antes de atacar a menina, teria preparado uma mala, duas bolsas e uma pasta com roupas e documentos, avisando a esposa que poderia “viajar a qualquer momento”.
Depois, teria ido ao banco onde sacara a quantia de CR$ 250 mil, deixando apenas CR$ 100 na conta. De volta à casa dele, por volta das 15h, após seu cunhado, Aldenor Saraiva de Oliveira, e o motorista Carlos Henrique saírem para ir ao Centro da cidade, viu a oportunidade de ficar no quarto com Rebeca, onde a jovem foi encontrada morta.
Em seu depoimento dado em 04/05/1981, Carlos Lobo deu informações confusas durante a reconstituição das horas que antecederam o assassinato de Rebeca.
Disse ter passado toda a manhã de quinta-feira, dia 30/04/1981, trabalhando em seu escritório, situado ao lado de sua casa. Por volta das 12h horas se reuniu com a família para almoçar e após a refeição, levou a filha Raquel Miguel Lobo Carvalho para o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora e a esposa para a SEMIC, retornando posteriormente ao escritório.
Às 15 horas foi para casa fazer um lanche encontrando sua filha, Rebeca, assistindo televisão na sala. Trocaram algumas palavras e foi para a cozinha, onde deu dinheiro para a empregada comprar pão, café e leite.
Depois de comer, foi até o quarto dele onde teria pego uma pasta com documentos que utilizaria para comprar uma passagem para Macapá, seu destino no sábado seguinte. Enquanto arrumava os documentos, Rebeca entrou no quarto e sentou-se na cama. Perguntou se o pai viajaria mesmo e, com ele afirmando positivamente, pediu que trouxesse de Macapá um macacão para ela.
ASSUNTOS: Caso Rebeca