O tricolor entrou em campo para mostrar que os dois últimos resultados não tinham sido em vão. Principalmente, a boa vitória sobre o Sport, na última rodada. Ascensão confirmada após a vitória sobre o Palmeiras por 1 a 0, nesta quarta-feira, no Maracanã. O time chegou a 21 pontos, ganhou sete dos nove últimos disputados, e está em oitavo lugar, momentaneamente.

— Foi um jogo extremamente difícil. Tivemos uma vitória boa contra o Sport e agora cumprimos taticamente tudo que o Marcelo ( o técnico Marcelo Oliveira) queria. Fiz boas defesas, mas temos que enaltecer o Giba ( Gilberto, autor do gol), a defesa, o meio-campo. A vitória é do grupo - disse o goleiro Júlio César.

Com desfalques no meio-campo, o técnico Marcelo Oliveira precisou rearrumar o tricolor para enfrentar o Palmeiras. Sem um meio-campo de criação de origem, optou por um 4-1-4-1, com Airton à frente da zaga, Jadson e Matheus Norton na primeira linha e Marcos Júnior e Junior Dutra abertos pelas pontas. Pedro, à frente, no seu papel de centroavante.

Nos primeiros minutos, a equipe demorou a se acertar em campo. O Palmeiras aproveitou os espaços dados no meio-campo, sobretudo pelo lado esquerdo da defesa tricolor. Airton não conseguiu dar o primeiro combate. E Gum foi enganado por dribles e até pela bola, que quicou sobre ele, num lance que só não terminou em gol porque Júlio César fez grande defesa em chute de Dudu.

Não foi a única. O goleiro tirou cabeçada de Moisés, em mais uma falha do sistema defensivo. Na vez do erro de Jadson, o tricolor deu sorte de que o chute de Dudu foi ruim.

Antes mesmo do intervalo, o Fluminense conseguiu se arrumar. O Palmeiras passou a ter dificuldades em chegar à área. William e Dudu já não encontravam tantos espaços e a zaga tricolor soube se antecipar às jogadas. Conseguiu anular, inclusive, Gustavo Scarpa, que foi vaiado a cada vez que tocou na bola.

O ajuste do tricolor não significou maior posse de bola nem chances claras de gol. Numa delas, Pedro isolou a bola. Na outra, Marcos Júnior cobrou falta na área e foi a vez de a zaga do Palmeiras se atrapalhar. Edu Dracena cabeceou para o meio da área e Gilberto, de volta após dois jogos fora por lesão, finalizou de sem pulo.

— Falei no começo do jogo que ainda sinto dores no pé direito. Ainda bem que veio a bola na esquerda — disse o lateral, que comemorou o gol com a mãe nas arquibancadas do Maracanã.

Com o resultado favorável, o script era fácil de prever. O Fluminense se fecharia na defesa em busca de estocadas precisas no contra-ataque. O time fez isso bem. O Palmeiras rondou a área tricolor. O técnico Roger Machado tornou a equipe mais ofensiva com Lucas Limas e Deyverson. Porém, a essa altura, o sistema defensivo não dava os mesmos espaços de antes.

Já os contra-ataques certeiros não vieram. Marcelo Oliveira até deu gás ao time com a entrada de Ibañez, Everaldo e Matheus Alessandro. No entanto, o tricolor pouco conseguiu manter a bola no seu ataque para diminuir a pressão do Palmeiras. Só nos acréscimos, com o adversário já desesperado em busca do empate, Everaldo, que estreou na equipe, provocou a expulsão de Edu Dracena. Ali já dava para comemorar a segunda vitória consecutiva com a torcida.