Um homem está sendo mantido refém em Brasília exatamente no Hotel Saint Peter desde as 9h desta segunda (29), ele já deixou três cartas de despedida para a família, no Tocantins.

O suspeito alega desespero e pede desculpas para a mãe, para os tios e para os primos. Ele diz que “toda tempestade passa”.

O criminoso algemou e colocou um colete com 16 bananas de dinamite no refém que é mensageiro do hotel. A vítima e o suspeito chegaram a aparecer na janela no 13º andar do hotel, com as bombas penduradas no corpo. A polícia identificou o homem como Jac Souza, de 30 anos.

Informações da polícia civil, as cartas que ele enviou não mencionam explosivos, mas diz que vai cometer um ato de desespero. Durante as negociações, ele deu um prazo até as 18h, quando afirma que pretende explodir as 16 dinamites que estão no colete que ele vestiu no funcionário do hotel.

Após o início do cárcere, funcionários do hotel ligaram para os outros apartamentos e pediram que os hóspedes deixassem o local.

O Corpo de Bombeiros  e o Esquadrão de Bombas foram acionados para o caso, onde já cercaram o local e tentam negociar a liberação do refém que é um funcionário do hotel. De acordo com a polícia, o homem que ameaça detonar as bombas pede a extradição de Cesare Battisti e a saída da presidente Dilma Rousseff, além da aplicabilidade da Lei da Ficha Limpa nas Eleições 2014. Ele é funcionário público no Tocantins. Apesar da motivação política do cárcere, segundo a polícia, o homem faz pedidos desconexos. Ele já foi candidato a vereador em Combinado (TO) em 2008, mas não foi eleito.

 Os atiradores de elite estão em pontos estratégicos, como nas coberturas de prédios vizinhos ao hotel. 

Segundo o chefe da Divisão de Comunicação da Polícia Civil, Paulo Henrique Alves de Almeida, o suspeito está muito nervoso e, por isso, houve a necessidade da preparação dos snipers, como são conhecidos os atiradores especialistas em tiros de longa distância.