Vídeo mostra reação de empresário ao ser informado que continuará preso por matar gari em BH
O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior permanecerá preso preventivamente após matar o gari Laudemir de Souza Fernandes com um tiro durante uma discussão de trânsito em Belo Horizonte. A decisão foi tomada pelo juiz Leonardo Damasceno durante audiência de custódia, após análise do pedido do Ministério Público. Nesta quinta-feira (14), Renê foi transferido do Ceresp Gameleira para um presídio em Caeté, na Região Metropolitana.
O crime ocorreu na segunda-feira, no encontro das ruas Jequitibá e Modestina de Souza, no bairro Vista Alegre. Testemunhas relataram que o empresário se irritou com o caminhão de coleta de lixo e, após ameaçar a motorista, disparou contra os garis, atingindo Laudemir. Imagens de câmeras de segurança e reconhecimento das testemunhas foram fundamentais para a prisão em flagrante do suspeito, ocorrida horas depois em uma academia na região do Estoril.
Durante a audiência, o juiz destacou a gravidade do crime, a personalidade “violenta e desequilibrada” do empresário e seu histórico de agressões, incluindo casos de violência doméstica e um atropelamento com morte. A defesa havia solicitado o relaxamento da prisão, argumentando que Renê é réu primário, possui bons antecedentes e residência fixa, mas os argumentos foram rejeitados. Foram apreendidas duas armas, pertencentes à esposa delegada do suspeito, que serão periciadas.
O empresário negou ter cometido o crime e alegou ter seguido para o trabalho e depois para a academia. A Justiça, porém, considerou que o homicídio foi qualificado e hediondo, impedindo qualquer defesa da vítima. A delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, esposa do suspeito, foi conduzida à Corregedoria da Polícia Civil para esclarecimentos e teve o celular apreendido. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar possível negligência ou omissão na cautela das armas.
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