Três deputados federais do PL são acusados de vender emendas parlamentares

Os deputados federais do PL Josimar Maranhãozinho (MA), Pastor Gil (MA) e Bosco Costa (SE), do PL, foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento em um esquema de comercialização ilegal de emendas parlamentares. A acusação, que foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), aponta que os três parlamentares estavam à frente de uma organização criminosa que negociava recursos destinados às bases eleitorais.
De acordo com a PGR, o grupo teria solicitado uma propina de R$ 1,66 milhão ao então prefeito de São José do Ribamar (MA) em troca da liberação de R$ 6,67 milhões em emendas federais. A denúncia é baseada em anotações, mensagens e áudios encontrados pela Polícia Federal, que mostram o controle de Maranhãozinho sobre as emendas e sua ingerência nas negociações com os colegas.
Nesta sexta (7), a PF revelou que o esquema de venda de emendas parlamentares envolvia ameaças com armas e até agiotagem. A quadrilha, que contava com a participação de lobistas e de um agiota, exigia 25% das emendas em troca de liberar recursos federais para o município. O dinheiro desviado era usado para pagar dívidas com o agiota.
A investigação começou após a denúncia do então prefeito Eudes Sampaio, que alegou ter sido extorquido e ameaçado. O esquema envolvia emendas que totalizavam R$ 6,7 milhões, com R$ 1,6 milhão exigido do prefeito.
O caso segue em sigilo e será julgado pela Primeira Turma do STF, conforme decisão do ministro Cristiano Zanin. As defesas dos deputados pedem a rejeição da denúncia, argumentando que não há provas suficientes para sustentar as acusações.

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