Projeto que prevê autonomia do Banco Central tem apoio do Governo
O senador Plínio Valério (PSDB-AM) se reuniu hoje pela manhã com o presidente e o diretor do Banco Central, Campos Neto, e Maurício Costa Moura, para discutir alterações feitas em seu projeto de autonomia operacional do Banco, com votação marcada para o próximo dia 03.
Na conversa, Campos Neto reafirmou o apoio do governo ao projeto, e explicou que as alterações feitas pelo relator Telmário Mota(PROS-RO) não afetam o objetivo central do projeto original. O novo texto da proposta de autonomia do BC mantém a proposta original de Plínio de blindagem do presidente e diretores do banco contra ingerências políticas e risco de descontinuidade da política monetária em execução, com a troca de comando na Presidência da República.
"Eu queria que o presidente Campos Neto me esclarecesse algumas dúvidas que eu tinha, por exemplo, em relação a emenda que prevê o fomento do pleno emprego e a perda do status de ministro. Ele me explicou que não há maiores repercussões no projeto original e que, com a independência, não teria como o BC ser subordinado a outro ministério, no caso da Economia. O projeto está maduro, o acordo foi costurado com o governo e o Davi, então, está tudo certo para votarmos na próxima terça-feira", disse Plínio após o encontro.
As alterações feitas no novo substitutivo de Telmário Mota se aproximam de propostas que tramitam na Câmara sobre o mesmo tema. Com isso Plínio acredita que o texto aprovado no Senado seja votado sem alterações na Câmara para que não volte ao Senado.
"Tenho que elogiar o presidente Rodrigo Maia, que honrou o compromisso firmado comigo e o senador Tasso Jereissati, de esperar a votação do nosso projeto no Senado. Ele cumpriu o compromisso. Espero que as alterações feitas pelo Telmário atenda a Câmara e que seja lá votado o mais rápido possível para que o Brasil atraia os investimentos de que tanto precisamos para amenizar a crise de caixa da pandemia", avaliou o parlamentar.
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