Planalto pede ao Congresso medidas para evitar falta de vacinas
O governo federal pediu a líderes governistas no Congresso para buscar medidas que evitem a falta de vacinas por até 40 dias no Brasil. Hoje, o país enfrenta problemas no fornecimento de insumos para continuar a imunização.
De acordo com o Grupo Globo, assessores presidenciais estimam que a campanha pode ficar suspensa por cerca de um mês, caso o Executivo não resolva o problema de envio de insumos da China para a produção da Coronavac. Outro problema são os entraves para receber a Astrazaneca, da Índia.
Nos bastidores do governo, há o temor de que o atraso amplie o desgaste da imagem do governo junto à opinião pública no tema combate à Covid-19.
Enquanto isso, o Planalto busca saídas jurídicas para ampliar a compra de vacinas, por meio de medidas provisórias, além de discutir com outros fornecedores a oferta de vacinas.
No entanto, não há informações sobre o que seriam essas medidas provisórias, tampouco quais fornecedores estão na mira do governo federal.
O governo também está em contato com China e Índia. Governadores de diferentes partidos e estados pressionam o presidente Bolsonaro a assumir pessoalmente a negociação com a China, para garantir os insumos.
Em São Paulo, João Doria cobra resposta do Ministério da Saúde para o fim desta semana. O governador afirmou que “irá à China se necessário”.
O presidente da frente parlamentar Brasil-China, deputado federal Fausto Pinato, diz que está em contato diariamente com integrantes do governo na China e defendeu a mudança no corpo diplomático brasileiro para evitar que o Brasil seja colocado no fim da fila.
No governo de São Paulo, nos bastidores, a conta de João Doria e aliados também é essa: sem insumos, a vacinação pode atrasar “até mais” do que 30 dias.
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