PF indicia Marçal por uso de documento falso em laudo contra Boulos
A Polícia Federal (PF) indiciou nesta sexta-feira (8) o ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), por crime de uso de documento falso. A acusação se refere à apresentação de um laudo médico falsificado contra o candidato Guilherme Boulos (PSOL) na véspera do primeiro turno das eleições, em 4 de outubro.
Marçal foi ouvido por cerca de três horas na Superintendência Regional da PF, onde negou envolvimento direto na criação do documento, alegando que ele foi postado por sua equipe. O laudo, que acusava Boulos de uso de drogas, foi autenticado como falso após perícia realizada pela PF. A assinatura do médico responsável, José Roberto de Souza, foi confirmada como falsa, e a clínica mencionada no documento, "Mais Consulta", afirmou não ter vínculo com o profissional, que faleceu em 2022.
Além disso, o proprietário da clínica, Luiz Teixeira da Silva Junior, que já foi condenado por falsificação de diploma, também foi envolvido na investigação. Ele negou qualquer participação na fraude, mas se apresentou nas redes sociais como perito e patologista, sendo associado a Marçal.
A ação também levou à suspensão das redes sociais de Marçal e a um pedido de prisão e cassação de sua candidatura feito pela campanha de Boulos. O caso segue em análise judicial.
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