Parlamentares e 12 brasileiros de flotilha presos em Israel são deportados
Treze brasileiros detidos por Israel durante a interceptação da flotilha humanitária Global Sumud foram entregues à Jordânia nesta terça-feira (7), após negociações diplomáticas conduzidas pelo Itamaraty. A transferência ocorreu por via terrestre, com escolta israelense até a fronteira, onde foram recebidos por representantes da embaixada brasileira em Amã.
O grupo foi capturado em águas internacionais enquanto tentava romper o bloqueio imposto à Faixa de Gaza. Entre os detidos estavam ativistas, parlamentares e representantes de movimentos sociais, incluindo a deputada Luizianne Lins (PT-CE) e a vereadora Mariana Conti (PSOL-SP). Todos foram levados à prisão de Ktzi'ot, no deserto de Negev, onde permaneceram por dois dias.
Fontes ligadas à missão diplomática confirmaram que os brasileiros estavam em boas condições de saúde e não sofreram agressões. A entrega à Jordânia foi articulada após pressão internacional e denúncias feitas pelo governo brasileiro ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, que classificou o bloqueio como violação do direito humanitário.
A flotilha Global Sumud reunia mais de 400 ativistas de diversas nacionalidades em uma ação coordenada por organizações civis. Israel justificou a interceptação alegando risco à segurança nacional.
O grupo deve retornar ao Brasil nos próximos dias, em voo comercial, com apoio da diplomacia brasileira.
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