Oito estados brasileiros entram em colapso por conta da Covid-19
O agravamento da pandemia da Covid-19 está levando os sistemas hospitalares de diversos estados ao colapso, de Norte a Sul do país. Especialistas em saúde são unânimes em afirmar que é preciso restringir a circulação de pessoas para conter a escalada das últimas semanas.
Segundo o Globo, na região Sul, uma das mais afetadas pela alta de casos, os estados de Rio Grande do Sul e Santa Catarina enfrentam o esgotamento da capacidade de suas redes de UTIs. O governador gaúcho suspendeu atividades em locais públicos entre 22h e 5h e colocou 11 regiões na chamada “bandeira preta”, classificação local de risco altíssimo de contágio. E o secretário de Saúde de Santa Catarina, André Motta, afirmou que o sistema de saúde já enfrenta colapso e pediu aos prefeitos medidas para diminuir a circulação de pessoas.
Na quinta-feira (25), a Bahia anunciou restrição total das atividades não essenciais a partir das 17h de hoje, até as 5h da próxima segunda-feira. O governador baiano, Rui Costa (PT), afirmou que só funcionará o que for “saúde pública ou venda de alimentos”. A medida vale para todos os 417 municípios. Em Salvador, as praias e passeios de escuna já tinham sido proibidos anteontem.
No Piauí, Teresina atingiu 100% de ocupação de UTIs nesta semana, levando o governador do estado, Wellington Dias (PT), a decretar toque de recolher entre 23h e 5h. Medidas semelhantes foram adotadas em Goiás, Pernambuco, Ceará, Paraíba e São Paulo, que nesta semana chegou ao maior índice de internações de toda a pandemia. O governo paulista anunciou anteontem a restrição na circulação de pessoas entre 23h e 5h, até 14 de março.
Nessa quinta-feira, o país registrou o pior número de mortos em 24 horas de toda a pandemia. Foram 1.582 óbitos registrados em apenas um dia, com recorde também na média móvel de mortes, que ficou em 1.150, 8% a mais do que há duas semanas. A média de óbitos está acima de mil desde o dia 21 de janeiro.
Já são 251.661 vidas perdidas e 10.393.886 de pessoas infectadas pelo vírus, segundo os dados das secretarias estaduais de Saúde.
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