MP pede a prisão de prefeito médico suspeito de abusos
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) pediu à Justiça, nesta quarta-feira (17), a prisão preventiva do médico José Hilson de Paiva, prefeito afastado de Uruburetama investigado por crimes contra a dignidade sexual.
Segundo um site de notícias do Globo, a Promotoria de Justiça de Uruburetama disse que o medico pode comprometer as investigações por sua "influência no município e no meio político". O pedido de prisão foi divulgado pelo órgão nesta quinta-feira (18) e confirma a preventiva feita pela Polícia Civil.
Ao menos 63 vídeos mostram o momento em que José Hilson abusa das pacientes dentro do consultório. As gravações foram feitas pelo próprio investigado. Para a Associação Médica Brasileira, as imagens mostram "claramente" um caso de estupro de pacientes. Hilton de Paiva afirma que as denúncias são uma jogada da oposição que quer "derrubá-lo". O Conselho Regional de Medicina do Ceará o impediu de exercer a profissão de médico por seis meses.
Em nota, o advogado Leandro Vasques, que representa o médico, disse que o pedido é desnecessário porque Hilson está em um local conhecido pelas autoridades e que "os pré-requisitos da prisão preventiva não se verificam no caso". Vasques diz que os fatos são antigos e que foram praticados antes de o prefeito estar na atual gestão.
O pedido de prisão formulado pelo MPCE se fundamenta no fato de que, mesmo afastado das funções de prefeito e médico, José Hilson de Paiva é considerado influente e pode "coagir, constranger, ameaçar, corromper, enfim, praticar atos tendentes a comprometer a investigação do Ministério Público e da Polícia Civil".
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