O Ministério Público do Rio entrou com um recurso, nesta sexta-feira (6), na Justiça pedindo o aumento das penas de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, ex-policiais militares condenados pelas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

A Força-Tarefa do caso solicita que a pena de Lessa seja aumentada para 82 anos, já que ele foi condenado a 78 anos e 9 meses, e a de Queiroz para 82 anos, contra os 59 anos e 8 meses que recebeu. A justificativa para o pedido de aumento inclui a premeditação do crime, a utilização de uma arma automática e a execução em área urbana movimentada, além da repercussão internacional do caso.

Os réus foram condenados por duplo homicídio qualificado, tentativa de homicídio contra a assessora de Marielle, Fernanda Chaves, e receptação do veículo usado no crime. Além das penas de prisão, Lessa e Queiroz terão que pagar indenizações, incluindo pensão para o filho de Anderson, Arthur, e um total de R$ 3,53 milhões em danos morais às vítimas e seus familiares. Ambos seguem com prisão preventiva, com a possibilidade de recurso da sentença, mas sem direito à liberdade até o julgamento final.

Apesar das penas severas, ambos podem cumprir pena reduzida devido ao acordo de delação premiada. Élcio pode cumprir, no máximo, 12 anos, enquanto Ronnie poderá ficar preso por até 18 anos, com regime semiaberto após 2037.