Mauro Vieira cita traição à soberania: 'Veículo antipatriótico de intervenções estrangeiras'
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, condenou nesta segunda-feira (4) o que chamou de "conluio" entre brasileiros com forças estrangeiras, para atacar instituições e a soberania nacional. Sem citar nomes, ele disse que "saudosistas do arbítrio" e "amantes da intervenção estrangeira" não conseguirão subverter a ordem democrática do país. As declarações foram feitas durante o evento de 80 anos do Instituto Rio Branco, em meio à taxação dos Estados Unidos contra o Brasil em 50%.
O chanceler também saiu em defesa do Poder Judiciário, reforçando que as instituições brasileiras já "derrotaram uma tentativa de golpe militar". Ele declarou que a Constituição do país "não está e nunca estará em qualquer mesa de negociação" e que a soberania brasileira "não é moeda de troca diante de exigências inaceitáveis".
Vieira afirmou que existe uma mobilização de brasileiros alinhados a interesses externos para enfraquecer a democracia e as instituições do país. "Tenho enorme orgulho e sentido de responsabilidade na tarefa de liderar o Itamaraty na defesa da soberania brasileira de ataques orquestrados por brasileiros em conluio com forças estrangeiras", disse o ministro, classificando a articulação como "ultrajante".
Em sua fala, Mauro Vieira ainda defendeu o multilateralismo e a busca por uma ordem internacional mais equilibrada. Segundo ele, o Brasil atua por um mundo multipolar para evitar o "arbítrio unilateral" e fortalecer relações comerciais com diferentes nações.
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