Lula cobra lealdade de ministros e diz que Tarcísio será seu adversário em 2026
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (26) que quem não se sentir à vontade para defender a gestão publicamente pode pedir para sair. A fala foi um recado aos representantes do Centrão no governo. Durante a reunião ministerial, Lula destacou que todos os ministros devem conhecer as entregas do governo como um todo e criticou eventos de partidos aliados nos quais seus integrantes não defendem a gestão.
Na ocasião, o presidente também citou publicamente que espera ter como principal adversário na disputa pelo Palácio do Planalto o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e não um membro da família Bolsonaro. Lula reclamou da movimentação de Ciro Nogueira, presidente do PP, para ser candidato a vice de Tarcísio, e disse que não gosta de Antonio Rueda, presidente do União Brasil, destacando a escalada de críticas desses partidos em eventos recentes.
De acordo com aliados presentes, Lula reforçou que os ministros desses partidos não são indicação das siglas, mas dele próprio, e que quem quiser se afastar do cargo precisa se manifestar. O presidente encerrou a reunião reforçando que o apoio à gestão deve ser público e consistente, e que a participação em eventos oposicionistas organizados por suas legendas não será bem vista.
A reunião ainda serviu para apresentar o novo slogan do governo: “Do lado do povo brasileiro”, que substituirá “União e Reconstrução” e sinaliza a reta final do mandato, focada em soberania, justiça social e cuidado com a população. Durante o encontro, Lula e os ministros usaram bonés com os dizeres “O Brasil é dos brasileiros” e receberam material explicativo sobre as ações do governo. O presidente também criticou a política comercial dos Estados Unidos e a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro junto ao governo norte-americano, classificando seu comportamento como “possivelmente, uma das maiores traições que uma pátria sofre de filhos seus”.
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