Lula cita sanções dos EUA e diz que agressão ao Judiciário é inaceitável
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (23), em discurso na Assembleia Geral da ONU, que ataques ao Poder Judiciário brasileiro são “inaceitáveis”. Segundo ele, tais investidas partem de setores da extrema-direita e não terão espaço na democracia do país.
“A agressão contra a independência do Poder Judiciário é inaceitável. Essa ingerência em assuntos internos conta com o auxílio de uma extrema-direita subserviente e saudosa de antigas hegemonias. Falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações contra o Brasil. Não há pacificação com impunidade”, declarou Lula.
As declarações foram feitas após os Estados Unidos anunciarem sanções contra autoridades e exportações brasileiras. Entre as medidas, a Casa Branca revogou, no dia 16, os vistos da esposa e dos filhos do ministro do STF Alexandre de Moraes, além de impor restrições ao advogado-geral da União, Jorge Messias, e a outras cinco pessoas.
As restrições foram interpretadas como uma retaliação à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sentenciado pelo STF a 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado, por participação em tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Lula utilizou o episódio para reforçar a posição do governo brasileiro em defesa das instituições: “Democracia e soberania são inegociáveis”, afirmou o presidente.
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