Idoso é preso após fingir passar mal para beijar mulher

Um idoso de 65 anos foi preso em flagrante na quarta-feira (5) em Nova Mutum, a 269 km de Cuiabá, suspeito de importunação sexual. De acordo com a Polícia Civil, ele fingiu passar mal dentro do próprio carro para assediar uma mulher.
De acordo com o G1, a vítima relatou que o suspeito a importunou em três ocasiões diferentes. Após a prisão, a juíza Ana Helena Alves Porcel Ronkoski, da 3ª Vara de Nova Mutum, converteu a detenção em prisão preventiva. O idoso permanece preso neste sábado (8).
Assédio recorrente
Em um vídeo gravado pela vítima e compartilhado como alerta nas redes sociais, o suspeito aparece com o carro parado em uma avenida da cidade, após tê-la perseguido na terça-feira (4).
Ela contou à TV Centro América que, na primeira abordagem, o idoso fingiu estar com falta de ar e, sem consentimento, tentou beijá-la. Assustada e temendo que ele estivesse armado, ela reagiu com um golpe e fugiu.
Na segunda vez, ele a seguiu até um restaurante e tentou forçá-la a entrar em seu carro, abrindo a porta do veículo.
“Não esperava isso de um senhor daquela idade. Depois de um ano, ele veio atrás de mim como um tarado. Corri dele”, relatou a vítima.
Na terça-feira (4), ele a perseguiu novamente no bairro Lírios dos Campos. Dessa vez, ela conseguiu filmar o momento. Ao perceber que estava sendo gravado, o homem fugiu e não retornou.
Após esse terceiro episódio, a vítima registrou um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher e pediu medidas de proteção, afirmando temer por sua segurança, já que o suspeito pertence a uma família influente na cidade.
Histórico criminal
A Polícia Civil informou que o idoso é natural de São Miguel do Oeste (SC) e já responde por crimes contra a dignidade sexual, incluindo assédio e estupro.
Em 2018, o Ministério Público de Santa Catarina o processou por perturbação da tranquilidade de outra mulher. Segundo a denúncia, ele a seguia de carro, insistia para que entrasse no veículo e fazia comentários inapropriados. O comportamento era recorrente, com relatos semelhantes em processos anteriores.
Na época, o juiz Márcio Luiz Cristofoli o condenou a 20 dias de prisão simples, pena que foi convertida em pagamento de um salário mínimo à vítima.
Agora, com a nova denúncia, ele segue preso preventivamente.

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