SÃO PAULO — O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou neste sábado, véspera da eleição, que o seu adversário do PSDB, João Doria, não poderá fugir do debate num eventual segundo turno, como fez no debate promovido pela Rede Globo na última quinta-feira.

— No segundo turno, o Doria não vai poder fugir do debate como ele fez na Rede Globo. Fugiu o tempo todo do confronto direto comigo. Fez a crítica da administração usando a escada de outros candidatos. Esse expediente o Doria não vai poder mais usar — afirmou Haddad, após caminhada no Capão Redondo, na Zona Sul da cidade.

O petista ainda disse que o primeiro turno da eleição tem sido "quatro contra um" por causa dos ataques dos rivais à sua gestão.

Questionado se pretende procurar o apoio de Celso Russomanno (PRB) e Marta Suplicy (PT) caso passe para o segundo turno, o prefeito respondeu:

— Tem que procurar ampliar ao máximo possível o leque de apoio. O segundo turno serve para isso.

Haddad afirmou também que não acredita que o antipetismo tenha atrapalhado a sua campanha.

— Acho que diminui muito. Em comparação com 2014, está melhor hoje.

Durante a caminhada que durou pouco mais de uma hora, Haddad, além de receber declarações de voto, ouviu queixas de eleitores por causa de sua gestão à frente da prefeitura.

O motoboy Wellington da Silva, de 25 anos, por exemplo, reclamou do excesso de radares na cidade.

—Já perdi minha habilitação duas vezes e estou sem trabalhar — se queixou para o prefeito.

O petista respondeu que o motoboy deveria se atentar para as vidas que foram salvas por causa da fiscalização contra o excesso de velocidade.