Fugitivo de Mossoró tinha lesões pelo corpo após recaptura, aponta laudo
Após a recaptura de Rogério da Silva Mendonça, que ocorreu no dia 4 deste mês em Marabá, no Pará, juntamente com Deibson Cabral Nascimento, o laudo de exames do Instituto Médico Legal (IML) aponta que o fugitivo apresentava lesões pelo corpo. O laudo pericial, obtido pelo UOL, indica que as lesões foram de natureza leve, identificadas em diversas partes do corpo de Rogério.
As imagens do exame do IML evidenciam ferimentos no nariz, tórax, antebraço direito e joelho esquerdo, causados por agressões sofridas após a prisão. O documento pericial foi elaborado em 9 de abril, cinco dias após a recaptura do fugitivo.
O detento relatou que um dia antes do exame, sua defesa havia solicitado a verificação de possíveis agressões. Durante uma audiência no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, Rogério mencionou que após seu retorno à penitenciária, parte de policiais penais teriam lhe agredido.
Rogério afirmou ter recebido um pisão na cabeça e chutes nas costas no momento da recaptura. A advogada Flávia Fróes, que representa tanto Rogério quanto Deibson, planeja denunciar o ocorrido por abuso de autoridade e lesão corporal. Segundo ela, Rogério relatou ter sido agredido enquanto rendido e desarmado, inclusive com um agente da PF colocando o pé em sua cabeça, deixando-o com o rosto no asfalto quente.
O IML descreveu no laudo que as lesões são " Equimoses [manchas causadas por ferimentos] no antebraço direito e no hipocôndrio esquerdo [região entre a cintura e o tórax]. Escoriação em região nasal em fase cicatricial [expressão usada para dizer que o ferimento estava em fase de cicatrização]. Escoriação em joelho esquerdo com fundo hemático [para se referir aos hematomas]".
Rogério e Deibson fugiram da prisão de segurança máxima no dia 14 de fevereiro e foram recapturados 50 dias após a fuga, no dia 4 de abril, durante uma operação conjunta entre a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Durante a prisão, foram apreendidos dois fuzis escondidos nos veículos utilizados pelos fugitivos.
Veja também
ASSUNTOS: Brasil