Filhas tramam assalto ao próprio pai pelo WhatsApp; veja desfecho
O desfecho de um assalto ocorrido em março deste ano em Guararapes, interior de São Paulo, anda deixando vizinhos chocados e indignados.
Dois homens armados invadiram a casa de um comerciante, agrediram o homem com coronhadas, fizeram ele e suas três filhas de 21, 17 e 14 anos, de reféns e ainda as amarraram. Por fim, fugiram levando R$ 18,5 mil em dinheiro, três armas e R$ 40 mil em joias da família.
Ao esclarecer o assalto, a polícia descobriu uma conversa através de mensagens no WhatsApp das duas filhas mais velhas do comerciante - as mesmas que foram amarradas - onde elas aparecem tramando o detalhes do assalto do próprio pai com os executores do crime.

Conforme a polícia local, a filha de 21 anos estava planejando o crime por 40 dias e acabou envolvendo a irmã de 17 anos.
A mentora criou e administrava um grupo no aplicativo que usou para fazer contato com criminosos, com a ajuda de um amigo estudante de Direito. Ela mandou a planta da própria casa para os assaltantes e fotos do cofre onde estavam guardados dinheiro e joias, e se incumbiu de dopar os cães para facilitar a entrada dos bandidos.
Em uma das mensagens, a jovem avisa que o pai tem uma arma e os autoriza a atirar no pai caso ele atire nos bandidos. Em outra mensagem, ela afirma que o pai está com “um rolo na justiça”, e por isso deixa dinheiro em casa e não em uma conta bancária. Ela pediu para que os criminosos fossem duros com ela e com as irmãs, além de agredir o pai, para que ele não desconfiasse de nada.
O caso foi esclarecido pelo delegado Alessander Dias Lopes, através de entrevista coletiva nesta sexta-feira, 29, com participação do delegado Mauro Gabriel, de Araçatuba A polícia desconfiou do envolvimento de alguém da casa porque, além do pai, só as filhas sabiam da existência de um fundo falso num armário, onde eram guardadas as armas e as joias.
Somente a filha caçula não sabia de nada. Em sua defesa, a mentora do crime alega que o pai havia retirado R$ 200 mil de sua conta poupança. O comerciante negou a afirmação mas admitiu que tem um relacionamento tumultuado com ela.
No entanto, após o crime, os assaltantes ficaram com todo o dinheiro do assalto, ao contrário do combinado pela mentora do crime, que era de dividir entre as irmãs
Dois executores e a jovem foram presos, além de dois suspeitos da receptação do material roubado. Parte das joias e armas foram recuperadas. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados para preservar as menores - vítima e coautora.
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