Fachin defende que mulher negra ocupe vaga deixada por Barroso no STF
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, tem defendido internamente que uma mulher negra seja indicada para ocupar a vaga deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso, que se aposenta neste sábado (19). Embora não tenha tratado do assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem cabe a escolha, Fachin expressou sua preferência a auxiliares e pessoas próximas.
A posição de Fachin reforça seu histórico de defesa pela diversidade de gênero e raça no Judiciário. Em diversas ocasiões, o ministro manifestou publicamente o desejo de ver maior representatividade no Supremo. Em 2023, durante uma sessão sobre racismo em abordagens policiais, ele chegou a dizer: “Peço licença para cumprimentar uma quarta ministra, que, quem sabe em um lugar do futuro, estará neste plenário: uma mulher negra.”
Nesta semana, o movimento Mulheres Negras Decidem (MND) enviou ao presidente Lula uma lista com nove nomes de juristas negras aptas a ocupar a vaga. Entre as sugestões estão a ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Edilene Lobo e a juíza Adriana Cruz, da 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
Apesar da mobilização, interlocutores de Lula afirmam que o principal critério do presidente para a escolha será a confiança pessoal. Nos bastidores, o nome mais cotado segue sendo o do ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, considerado por Lula um aliado de longa data.
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