Ex-diretor da Petrobras é denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro
O Ministério Público Federal denunciou o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, um sócio e ex-administradores do Grupo MPE Montagens e Projetos Especiais e operadores financeiros pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
De acordo com o Conjur, o MPF alega que os executivos da empresa pagaram propina a Duque em troca de contratos com a Petrobras para o desenvolvimento de obras e serviços nas refinarias Henrique Lage (Revap II), em São José dos Campos (SP); Replan, em Paulínia (SP); e Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária (PR).
Posteriormente, os valores de suborno eram lavados por meio da celebração, pelos consórcios de empreiteiras integrados pela MPE, de contratos com seis empresas controladas por operadores financeiros: Treviso Empreendimentos; Pieruccini & Martins Advogados; Riomarine Oil & Gás Engenharia e Empreendimentos; GFD Investimentos; Credencial Construtora Empreendimentos e Representações; e CIB Consultoria e Serviços Ambientais.
Ainda de acordo com o MPF, os contratos foram fictícios, uma vez que as empresas contratadas não prestaram os serviços. Tais acordos geraram transferências de mais de R$ 67 milhões e permitiram o pagamento sistemático de propinas para os funcionários da Petrobras, alegam os procuradores.
O MPF também pediu a devolução à Petrobras de R$ 152.857.440,57, valor que seria correspondente ao total de propina prometido por três consórcios integrados pelo Grupo MPE. Os procuradores ainda requereram a decretação do perdimento do produto e proveito dos crimes de lavagem de dinheiro denunciados, no valor total de R$ 67.943.082,91.
ASSUNTOS: Brasil