Entenda como horário de verão pode ajudar a lidar com impactos da seca
Com a intensificação da crise climática e da seca no Brasil, o Governo Federal voltou a discutir a possibilidade de retomar o horário de verão, extinto em 2019. A medida, que visa economizar energia ao aproveitar a luz solar no final do dia, pode ajudar a aliviar a pressão sobre os recursos energéticos, especialmente com a queda no nível dos reservatórios das hidrelétricas.
O horário de verão foi adotado no Brasil desde 1931, mas foi encerrado durante o governo de Jair Bolsonaro sob o argumento de que as mudanças no estilo de vida da população haviam reduzido o impacto da economia de energia. Especialistas argumentam que o retorno do horário de verão poderia reduzir o consumo de energia elétrica, diminuindo a dependência de hidrelétricas, que enfrentam sérios desafios com a atual seca. Em setembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ativou a bandeira vermelha, encarecendo as contas de luz.
Apesar das vantagens econômicas e ambientais, o Ministério de Minas e Energia (MME) declarou que a medida ainda está sendo analisada, sem previsão de retorno para 2024. O ministro Alexandre Silveira afirmou que o horário de verão pode ajudar a controlar o preço da energia, enquanto o vice-presidente Geraldo Alckmin reforçou a necessidade de economizar.
O Brasil enfrenta a pior escassez hídrica desde 1950, com seca severa em 59% do território e mais de 1.400 cidades afetadas. A crise atual pode influenciar a decisão do governo sobre o retorno da medida, que beneficia também o setor de comércio e turismo.
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