Braga relembra alerta que fez a Pazuello e Airton sobre 2ª onda no Amazonas
Na CPI, o senador Eduardo Braga rebateu a fala do ex-assessor da Saúde, Airton Soligo, apontado como 'número dois informal' do ex-ministro Pazuello sobre a atuação da pasta no enfrentamento da pandemia da covid-19, no Amazonas.
"Quando da vinda do então ministro Pazuello para a sessão Plenária no Senado (em fevereiro deste ano). Eu dizia ao ministro Pazuello que não era verdade que tava tudo bem no Amazonas, que não era verdade que o ministro Pazuello não tinha conhecimento do que estava para acontecer no estado", iniciou
"E eu citava uma reunião (em dezembro de 2020) que aconteceu no gabinete do ministro com o testemunho de Airton aonde eu disse ao ministro que se o Ministério da Saúde não tomasse providências e que se não fizesse uma intervenção na saúde pública do Amazonas, nós estaríamos presenciando, lamentavelmente, a morte de milhares de amazonenses porque na primeira onda o estado não teve competência, planejamento e ação para salvar vidas", disse durante o seu discurso.
O senador relembrou ainda a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), nesta quarta-feira (4), que decidiu abrir um novo processo para apurar a conduta de Eduardo Pazuello durante a pandemia.
"Ao longo da pandemia várias regiões enfrentaram dificuldades relacionadas aos insumos para o combate à pandemia. Em Manaus, falta de oxigênio hospitalar provocou mortes de 19 pessoas em um único dia, em uma única noite", disse ao ler o relatório do ministro Benjamin Zymler.
Ainda segundo relatado por Braga, o Plano de Contingência Nacional foi alterado três vezes para 'reduzir a participação da União'. "Isso é criminoso", afirmou o parlamentar.
"Além da omissão do oxigênio e medicamentos, ainda houve um outro crime com a saúde pública: o tratamento precoce (...) Usando a boa fé do povo amazonense, o desespero do povo amazonense", concluiu.
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