Biópsia líquida revoluciona diagnóstico precoce do câncer que vitimou Preta Gil
O câncer colorretal, que causou a morte da cantora Preta Gil aos 50 anos, no último domingo (20), é o terceiro tipo de câncer mais comum no Brasil, excluindo os de pele não melanoma. Um exame chamado biópsia líquida vem se destacando no diagnóstico precoce, essencial para a eficácia do tratamento.
O oncologista Ramon Andrade de Mello explica que o câncer colorretal é tratável e curável, especialmente quando diagnosticado precocemente. “A doença mais localizada tem chances de cura bem maiores, enquanto na doença avançada as chances diminuem”, afirma. Por isso, o rastreio regular é fundamental, com exames como a colonoscopia e a pesquisa de sangue oculto nas fezes.
Entre as inovações, destaca-se a biópsia líquida, que detecta fragmentos de DNA tumoral no sangue antes mesmo que exames de imagem revelem alterações. “Esse método oferece respostas precoces e é especialmente útil quando a biópsia tradicional representa risco”, explica o especialista. A técnica também permite acompanhar a evolução da doença e orientar o tratamento.
Fatores de risco
Os principais fatores de risco incluem idade superior a 50 anos, obesidade, sedentarismo e alimentação rica em processados. Segundo Ramon, exames periódicos são essenciais. “Com o avanço da biópsia líquida, temos uma ferramenta a mais para o diagnóstico precoce, o que melhora muito as chances de cura”, reforça.
O oncologista destaca a importância dos testes genéticos para direcionar o tratamento mais eficaz. “A biologia molecular do tumor influencia diretamente as decisões médicas. Testes de RAS, BRAF e, mais recentemente, a biópsia líquida, ajudam a personalizar o cuidado com o paciente”, afirma.
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