Barroso diz que política que criminaliza o aborto é "equivocada e perversa"
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a criminalização do aborto é uma política "equivocada e perversa", durante uma entrevista. Na ocasião, Barroso destacou ainda que ser contra prender a mulher não tem a ver com ser favorável a um aborto.
"Ninguém é a favor do aborto, tanto que o papel do estado é evitar que ele aconteça, dando educação sexual, contraceptivos e amparando a mulher que deseja ter o filho estando em situações adversas, porém, nada disso se confunde com querer prender a mulher que tem a circunstância de fazer”, afirma.
Ele afirma ainda que criminalizar o procedimento não diminui o número, apenas "impede que ele seja feito de uma maneira segura.” Vale lembrar que no Brasil, a prática tem pena de três anos de prisão e só é permitido em casos de gravidez fruto de um estupro, risco de morte do feto ancéfalo ou da mãe.
“A criminalização ainda tem um subproduto que é penalizar as mulheres pobres que não podem usar o sistema público de saúde, portanto é uma política pública equivocada e perversa”, finalizou.
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