Após operação no Rio, Lula autoriza tropas militares na COP30
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto autorizando o emprego das Forças Armadas em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em Belém e em outras cidades do Pará entre 2 e 23 de novembro. A medida visa garantir a segurança de eventos e infraestruturas críticas durante a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que começa no próximo dia 10.
O decreto atende a um pedido do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e segue o mesmo modelo adotado em operações anteriores, como as realizadas durante a Cúpula do G20 e a reunião dos BRICS no Rio de Janeiro. O texto foi publicado nesta segunda-feira (3) no Diário Oficial da União.
Mais de 140 delegações estrangeiras, incluindo mais de 50 chefes de Estado ou de Governo, devem participar da COP30, considerada um dos principais eventos globais sobre mudanças climáticas. O objetivo do encontro é discutir ações internacionais para conter o aquecimento global e elaborar acordos coletivos entre os países participantes.
As operações de GLO também contemplam ações nos municípios de Altamira e Tucuruí, voltadas à proteção de infraestruturas estratégicas, como hidrelétricas, portos, aeroportos, estações de tratamento de água e vias de acesso. As Forças Armadas atuarão em coordenação com órgãos de segurança pública federais e estaduais, complementando a atuação das polícias locais.
A COP30 reúne anualmente líderes mundiais, cientistas, representantes da sociedade civil e organizações não governamentais para discutir estratégias de combate às mudanças climáticas. O evento será realizado em Belém até o dia 21 de novembro, com debates que incluem preservação de florestas, transição energética, financiamento climático e justiça social frente às consequências do aquecimento global.
O decreto foi assinado uma semana após uma operação no Rio de Janeiro, realizada na última quarta-feira (28), que resultou na morte de mais de 120 pessoas, incluindo do chefe do Comando Vermelho no Pará, Wesley Martins, conhecido como "PP". A medida foi tomada diante da preocupação com possíveis retaliações da facção criminosa, uma vez que parte dos mandados de prisão executados no Rio foi expedida pela Justiça paraense, em articulação com a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro.
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