Wilson Lima age como um técnico com cartolas dizendo para ele como deve montar o time
O grande problema do governador eleito é montar uma equipe capaz de fazer gols e eliminar risco de rebaixamento.
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O governador eleito Wilson Lima encontra dificuldades para formar a equipe do futuro governo.Capital intelectual existe, mas não no formato que ele gostaria. O problema é contemplar grupos de interesse que exercem forte pressão por nomes, como o do ex-presidente da Afeam, Alex Giglio. Aumentou nos últimos dias o lobby para indicar Giglio para a Fazenda.
Outra secretaria com nomes vetados e indicados é a Seduc, reduto de grandes empresas que faturaram alto nos últimos cinco governos. Os nomes cotados são de Terezinha Ruiz e Luis Fabian Barbosa, este com grande chance de emplacar, apesar de sua polêmica experiência como gestor da própria seduc e da semed. Mesmo assim um nome bem aceito pelos que apoiaram a candidatura do governador.
Wilson tem dificuldades em várias frentes, mas o que mais o preocupa no momento é o espaço que dará ao vice no futuro governo. Provavelmente será oferecido a Carlos Alberto a pasta de Justiça e cidadania. Que pode ter a sua cara, mas não é o que ele quer, pois o confina a questões fundiárias, acesso à justiça e promoção da cidadania. E o afasta do centro de decisões de governo - que ele constrói com competência nesse processo de transição .A idéia é manter o vice no lugar dele, ocupado e sem intromissões.
Luiz Castro é o nome para a Casa Civil, mas tem temperamento forte, como Carlos Alberto é um legalista e seu fortalecimento no governo é outra preocupação desses grupos que tem forte influência sobre o governador e temem ser contrariados.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.