Wilson Lima deixa Amazonas à deriva
Aproximando-se dos 100 dias de governo, Wilson Lima continua sem saber como tirar a canoa do funil do redemoinho. O trio que ele formou para governar está se desfazendo no rodopio das águas de abril.
Sem comando político o Estado encolhe, enquanto o governador não consegue preencher sequer um cargo dos mais disputados: a liderança na Assembleia Legislativa do Amazonas. Sem firmeza nas mãos, Wilson jogou a batata quente para o vice esfriar.
Uma mostra de que não aprendeu a governar. Ou não quer governar. Abdica de sua prerrogativa. Até a mídia oficial fica sem saber o que dizer.
Wilson vai completar cem dias no cargo: sem um programa de governo.
Sem rumo definido nem direção; sem noção do que fazer e sem ação para fazer; sem propósito nem metas; sem capacidade de reagir às demandas da população; sem articulação política para encaminhar propostas.
Os cem dias vão chegar e a mídia trabalha para mostrar o que não existe.
O governo de Wilson Lima é uma canoa sem quilha, com um remador ruim à proa. O redemoinho afunila em volta e ele pode afundar antes que as águas serenem.
INFERNO DE CASTRO
O secretário Luiz Castro está numa sinuca de bico. Perdeu os superpoderes que achava possuir na tribuna política e não sabe consertar as goteiras em seu telhado de vidro. Nos bastidores comenta-se que ele procura uma saída honrosa.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.