Compartilhe este texto

PF aplica 'remédio' em Bolsonaro


Por Raimundo de Holanda

17/08/2019 12h48 — em
Bastidores da Política



Alguém tinha que colocar o dedo na arrogância  do presidente Jair Bolsonaro. E coube aos federais fazer esse papel.  Na dose certa para o presidente mudar o tom e recuar, marcando sua primeira derrota dentro do próprio governo.

O episódio da indicação do superintendente no Rio de Janeiro serviu para duas coisas. A primeira e mais importante, que a Polícia Federal nunca será a policia do presidente, mas do Estado brasileiro.

Segundo, e também relevante, o remédio dado a Bolsonaro pode fazê-lo finalmente compreender que não é o gerente da fábrica de congelados da esquina, mas presidente de um País minimamente organizado, com instituições de Estado com autonomia para gerenciar pessoal e atividades.  São casos em que a caneta BIC do presidente falha com suas intenções.

DE DELEGADO A MINISTRO...

O  delegado Alexandre Silva Saraiva, vetado para a Superintendência da PF no Rio, é o preferido do presidente Jair Bolsonaro para assumir a pasta do Meio Ambiente,  caso as denúncias de enriquecimento ilícito do ministro Ricardo Sales virem um constrangimento para o governo

Alexandre, que é o atual superintendente da PF no Amazonas, foi sondado para o Ministério ainda em dezembro, mas Bolsonaro acabou optando por Sales.

Siga-nos no

ASSUNTOS: Amazonas, Bolsonaro, Policia Federal, rio de janeiro

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.