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Sem carta branca para mudar a face da segurança pública no Amazonas, general será o mais do mesmo


Por Raimundo de Holanda

05/08/2021 19h11 — em
Bastidores da Política



Um general do Exército assumiu o comando da Segurança Pública no Amazonas. Para além da confiança que possa estar sendo depositada no novo ocupante do cargo, é preciso lembrar que a patente significa pouco ou quase nada. Que o general terá que mostrar liderança e fazer mudanças radiciais. Afinal, herdou uma secretaria problemática, com vícios que precisam ser sanados e um histórico de violência que não pode ser tolerado.

Se o general Carlos Alberto Mansur tem carta branca para mudar a face da segurança pública no Amazonas, então a sua escolha para o cargo deve  ser duplamente festejada. Se não, será o mais do mesmo, com a segurança permanecendo de costas para a sociedade, com os grupos de extermínio agindo, com o crime organizado dando as cartas, com a violência saindo de Manaus e chegando ao interior do Estado, atingindo ribeirinhos e indígenas.

O tempo é curto para avaliar o  general, mas é urgente que ele demonstre que vai fazer mudanças, mexer no tabuleiro da segurança e colocar ordem onde falta disciplina, compromisso com anseios da sociedade onde há indolência, indiferença, intolerância  e despreparo.

“Não é brinquedo não", general. Vale  repetir o bordão de dona Jurema, personagem da atriz Solange Couto, em novela da Globo. Aliás, a vida é uma novela e a segurança pública no Amazonas é ainda um tabuleiro desmontado de xadrez. Cabe ao general colocar cada peça em seu devido lugar. “Não é mole não", general.

 

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.