O ingresso da professora Maria do Carmo Seffair Albuquerque Lins no PSDB, com a promessa de apoio à sua candidatura ao governo pelo ex-prefeito Arthur Neto, aumenta o desconforto do ex-governador Amazonino Mendes com a sigla. Embora não esteja filiado ao PSDB, Amazonino assinou a ficha de filiação ao Cidadania, de olho na construção de uma arquitetura partidária na qual as duas agremiações se uniriam em torno de uma federação. O estímulo à Maria do Carmo, partindo do ex-prefeito, como partiu,  contraria o compromisso assumido pelo próprio Arthur com Amazonino.

O anúncio feito por Maria do Carmo Seffair Albuquerque Lins em entrevista á rádio Viva,  apenas dá visibilidade a um  PSDB em cima do velho muro, onde  o partido sempre esteve pela incapacidade de seus dirigentes de tomar decisões e de agregar valores a uma causa.

Nunca é demais lembrar que Arthur Virgilio também acena para Eduardo Braga (MDB) e insiste em ignorar o senador Plinio Valério, pré-candidato do partido ao governo e muito provavelmente o homem que liderará a federação no Amazonas.

Arthur sempre procurou visibilidade de forma inteligente, mas não é o caso agora.  A entrada de Maria do Carmo e seu anúncio de que é pré-candidata ao governo não apenas causa desconforto a Amazonino, como o empareda  e abre grandes lacunas pelas quais o ex-governador pode ser vencido por um poder viciante,  que cooptou  partidos e atraiu políticos de todas as tendências, reduzindo o espaço da oposição para fazer alianças.

Se há um jogo inteligente por trás dessas revelações de pré-candidaturas no PSDB ele tem que ser mostrado e provado. Porque até agora só tem produzido caos. Pior, com consequências danosas inclusive para a eleição de senador, que interessa a Arthur. Mas esse é um jogo que não o beneficia…

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