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Vice mostra poder e grupos de interesse já o temem


Por Raimundo de Holanda

16/11/2018 19h54 — em
Bastidores da Política



A partir de 1o de janeiro o sonho acaba. Almeida só terá voz se convocado pelo governador. Seu poder se resumirá a uma pequena sala, uma mesa, uma cadeira, alguns poucos assessores e a uma secretária feia. 

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A equipe de transição indicada pelo governador eleito, Wilson Lima, tem um homem forte no comando. Não é Humberto Laudares, que foi rebaixado à condição de consultor técnico, nem o deputado Luiz Castro, que, comedido,  tem se limitado a escutar, mas Carlos Almeida, o vice eleito, que chega mostrando força, conhecimento técnico e jurídico. Mas tem desagradado  os demais membros da comissão por ser excessivamente controlador. 

Almeida, por enquanto, fala em nome do governador eleito, mas já entrou em uma zona perigosa: é visto  como uma provável barreira entre grupos de interesse e o cofre durante o próximo governo. Se  assim for, a sociedade agradece.

 Mas Almeida é vice, um substituto eventual do governador em casos de viagem, impedimento ou renúncia. Fora disso o vice, qualquer vice, é uma figura caricata, sem importância no jogo de poder. 

Almeida vive  neste processo de transição uma experiência única que cessará a partir de 1o de janeiro. Só terá voz se convocado pelo governador. Seu poder se resumirá a uma pequena sala, uma cadeira, alguns poucos assessores e a uma secretária feia. 

A não ser que Wilson Lima queira  de fato fazer um governo de moralidade e resolva aproveitar o potencial de seu vice, que pode ser o soldado que  defenderá seu governo dos piratas  que o espreitam. 

PARA ARTHUR, O QUE É JUSTO

Com sua gestão apontada como a terceira nas capitais do país que mais investe com recursos próprios, chegando a 89,9% contra 59,3% da média nacional, o prefeito Arthur Neto aproveitou para cobrar maior participação dos governos estadual e federal, com investimentos fortes e permanentes na capital.

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Para Arthur, “é o justo” que uma capital que tem metade da população do Estado e arrecada quase a totalidade dos impostos “deva ser olhada com mais carinho e atenção".

ATRASO NA LDO

A Lei Orçamentária do governo para 2019 vai entrar em tramitação na Assembleia Legislativa um pouco atrasada este ano. Por causa da derrubada de veto do governador Amazonino Mendes a emendas dos deputados inseridas na LDO, a LOA teve de ser devolvida para alteração e só voltará na próxima semana para ser analisada.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.