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O sonho do novo acabou. No Amazonas e em Brasília


Por Raimundo de Holanda

04/12/2018 21h49 — em
Bastidores da Política



O sonho de mudanças que levou o eleitor a escolher novos líderes para governar o Amazonas e o país começa a escorrer para o ralo das ‘promessas de campanha’. As mudanças não são as esperadas pelo povo. São direcionadas para consolidar o domínio do poder econômico.

Quem investiu milhões nas campanhas ‘mascaradas’ de baixo custo, quer agora sua fatia preservada no grande bolo do Estado e da Nação. A nível nacional, os cortes vão ser na carne, mas do trabalhador.

As maiores conquistas do trabalhador brasileiro ao longo de 88 anos foram o Ministério do Trabalho, em 1930, e a CLT, em 1943. Subscrevendo-as, a assinatura de Getúlio Vargas.

Agora ambas estão ameaçadas com os fatiamentos e cortes propostos por Jair Bolsonaro. Se querem emprego, é preciso cortar direitos. Se vai cortar, não é necessário ter o ministério.

Bem simples assim, Bolsonaro está mostrando que a mudança que ele defende não é pelo interesse da sociedade. Mas pelos interesses de quem garantiu sua ascensão ao poder.

Não se pode dizer, entretanto, que não houve mudança. Houve sim, no modelo de candidatura ‘laranja’, adaptado para criar títeres dos que não se arriscam a colocar sua foto no cartaz.    

HÁ 95 ANOS

A gente sempre pensa que as mães são eternas. Mas não são. Quando elas partem fica o vazio que a gente nunca imaginou que fosse tão profundo. Dona Julieta Simões foi embora ontem. Tinha 95 anos. Era remanescente de uma geração que viu o mundo em guerra (1945)  e  o Brasil trocar de moedas nove vezes. No Amazonas, nesse período, 30 governadores, alguns com mandatos muito curtos.  Dona Julieta viveu a história destes tempos, Caminhou como poucos neste plano, construiu uma família da qual se orgulhava. Parte deixando uma grande saudade.  

 

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.