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O debate que não aconteceu


Por Raimundo de Holanda

25/08/2017 23h11 — em
Bastidores da Política



O candidato Eduardo Braga explorou bem a ausência de Amazonino Mendes no ‘debate’ desta sexta-feira na TV Amazonas. Mirou os eleitores dispostos a votar  em branco ou anular o voto.

Nos 20 minutos em que apareceu sozinho na tela, teve que responder a perguntas indigestas, como  explicar o crescimento da violência durante seus dois governos.

Culpou Amazonino Mendes, que  não estava lá para se defender.

Mas não estava por opção própria, uma estratégia para isolar um adversário que viu o eleitorado encolher na reta final da campanha e que tentava desesperadamente uma reação.

Amazonino acabou dando de presente a Braga a oportunidade de pisar no acelerador e tentar uma arrancada. Mas os efeitos da ausência de Amazonino serão medidos nas próximas horas. Se não tiver a conseqüência  que Braga espera,  o jogo terá terminado muito antes das urnas serem abertas.

A DONA URNA

Amanhã é o dia de S. Excia. a urna, destino final de todas as ações de uma campanha eleitoral. Elas vão receber e processar o resultado da mobilização de alguns milhões de reais, aplicados em marketing, comunicação, corpo a corpo, informações e contrainformações.

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Esse objeto eletrônico, que evoluiu de uma sacola de lona com tampa dura, perdeu com o avanço das pesquisas a condição de caixinha de surpresas.

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Hoje já é possível quase antecipar com segurança absoluta o resultado de uma eleição, especialmente quando um dos postulantes ‘dispara’ na corrida à frente dos demais.

TRE BATE O MARTELO

Ontem o TRE bateu o martelo para a data da diplomação do governador que será eleito amanhã. Vai ser no dia 2 de outubro, 36 dias após o pleito, conforme anunciou o presidente Yêdo Simões.  

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Mas a posse será marcada pela Assembleia Legislativa, após a diplomação. O que significa que o interino David Almeida poderá ficar mais alguns dias ‘saboreando’ a cadeira.

CRIME ELEITORAL

Um bate-boca entre os deputados José Ricardo Wendling (PT) e Sidney Leite (PROS) acendeu mais uma vez a luz vermelha sobre o uso indevido da tribuna da Assembleia Legislativa para fins eleitoreiros em plena reta final da campanha suplementar no Estado.

DENÚNCIA PODE SAIR

Apesar de advertido por Sidney, Zé Ricardo não economizou ataques virulentos da tribuna aos “candidatos do grupo que domina a política do Estado ao longo de 30 anos”, referindo-se a Eduardo Braga e Amazonino Mendes. “A tribuna não pode ser usada assim, isso influencia o público”, disse Sidney, que não descarta oferecer denúncia à Procuradoria Eleitoral do TRE-AM.

“CANALHISMO”

Segundo o deputado estadual Augusto Ferraz (DEM), o “canalhismo” é a praga que rege a política brasileira. “Em todos os segmentos há canalhas, inclusive nos segmentos empresarial e político, há canalhas em todo lugar”, afirmou Ferraz da tribuna da Aleam.

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ASSUNTOS: Amazonino, Braga, debate

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.