O Brasil é um País estranho. Jovens entram nas faculdades com a perspectiva de se tornarem futuros deliquentes, com direito a prisão especial. Ter curso superior é de fato um privilégio em um país desigual, mas ter assegurada prisão especial por causa de um curso superior apenas revela uma  nação com cidadãos de segunda classe. 

O caso do delegado Gustavo Sotero é o mais recente: matou um advogado e o direito à cela especial provocou protestos, mas é um direito que ele tem, como detentor de curso superior.    

Os protestos vem de uma classe que também usufrui desse privilégio - a dos advogados. Não houve uma iniciativa, uma sequer,  para induzir o Congresso Nacional a mudar o  Código de Processo Penal, que dá  direito à cela especial  a diplomados por quaisquer das faculdades de nível superior.

O que prevaleceu foi o efeito Orloff: cada advogado que protestava pela morte do companheiro, sabe que pode ser um Sotero amanhã.

Afinal, quem quer abrir mão de privilégios ?

PRECONCEITO DA FOLHA

O seminário da Folha de S.Paulo, em Manaus, sobre o “Futuro da Amazônia” escancarou o preconceito social que o jornal paulista manifesta abertamente contra a Amazônia e o Amazonas, especialmente contra a Zona Franca de Manaus.

O sr. Roberto Castello Branco, da FGV e ex-BC, foi infeliz ao tentar provar com seus números manipulados que a ZFM é prejudicial ao país.

Ganhou muitas vaias e levou umas boas ‘pedradas’ de amazonenses que não se intimidam com ‘brancos’ sulistas adeptos da TFP e admiradores da KKK.

INFELIZ TAPAUÁ

Tapauá é um dos municípios mais pobres do Amazonas. Tem menos de 20 mil habitantes e seu PIB ‘estimado’ não chega a R$ 200 mil. Porém, a  operação Tapauara do MPE revelou desvio de R$ 60 milhões das verbas públicas.

FALTOU REAÇÃO

Jornalistas  estranharam ontem que não tenha havido nenhuma declaração de persona non grata ao Amazonas para o economista Roberto Castello Branco, que sugeriu a extinção da Zona Franca em seminário da Folha, em Manaus.

FIM DO MUNDO

Procuradores do MPF ligados à Operação Lava Jato no Rio, em SP e em Curitiba vão deflagrar em 2018 a “batalha final contra a corrupção” no Brasil. A decisão foi tomada em reunião quando membros da força-tarefa anunciaram ações conjuntas contra os crimes políticos.