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O Brasil agora é dos 'heteros', mas sem os 'gays' o País fica menor


Por Raimundo de Holanda

09/01/2019 21h28 — em
Bastidores da Política



O que Bolsonaro expõe é sua veia autoritária e seu desejo é destruir a oposição, a imprensa livre e nesse vácuo de legalidade construir um espaço politico sem contrapesos;

O Brasil vive um momento complicado que pode conduzir a extremismos. De um lado igrejas pentecostais e governo se misturam, numa miscelânea de preconceito, ódio e desinformação. O presidente tem pesadelos ao pensar que um de seus filhos pode chegar em casa acompanhado de um“bigodudo”, e uma pastora que virou ministra diz  asneiras sobre sexualidade. “Meu filho ninguém vai sodomizar.“ 

De outro lado um País  dividido pela caça a oposição - “vamos despetizar o governo” - como se todos os servidores públicos seguissem a cartilha do PT. 

O que Bolsonaro expõe é sua veia autoritária e seu desejo é destruir a oposição, a imprensa livre e nesse vácuo de legalidade construir um espaço politico sem contrapesos. 

Por enquanto   o governo mira  os homossexuais, os petistas, os tucanos. Amanhã será o Judiciário, o  Ministério Público, o Congresso Nacional.

O risco é um retrocesso politico e o encolhimento de direitos constitucionais adquiridos ao longo dos últimos 30 anos.

O risco é toda a esperança depositada nesse novo governo terminar em balbúrdia, descompasso institucional e tragédia.

MP COBRA WILSON

O Ministério Público do Estado (MP-AM) cobrou do governo de Wilson
Lima o planejamento de ações concretos e cronograma de atendimento detalhado às famílias vítimas do incêndio ocorrido no bairro de Educandos, na zona Sul de Manaus, no dia 17 de dezembro do ano passado. Até agora, o governo tem feito atendimentos superficiais sem resolução de problemas efetivos. Procurada, a Secom informou que a Seas e a Defesa Civil estão ajudando.

OBRAS EM ESCOLAS

O prefeito do município de Amaturá, Joaquim Corado, homologou o resultado de pelo menos 7 licitações para a “execução de obras e serviços remanescentes de conclusão para construção de escolas” na zona rural da cidade que totalizaram mais de R$ 3,8 milhões.

SEM DETALHES

A curiosidade é que nos despachos não havia de forma clara o número de escolas que seriam construídas com cada valor. Em um caso tinha um valor de R$ 189,039 para “escolas com duas salas”; em outro, R$ 829,829 para “escolas com seis salas”. A empresa contratada é a Phoenix  Consultoria Empreendimentos e Construções Ltda.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.