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O adeus a Ednelza Sahdo, a estrela...


Por Raimundo de Holanda

01/12/2022 21h21 — em
Bastidores da Política



Ednelza era singular, única. Uma mulher alegre, divertida, que passou por aqui como um raio de luz. E desaparece deixando saudades.

Ednelza Sahdo andou esquecida por muito tempo, apesar de seu talento e de sua obsessão pelos palcos. Partiu neste final de semana… Não era uma “dama do teatro amazonense”, como costumavam chamá-la. Era um estrela com luz própria, que poderia ter ido muito além dos palcos amazonenses. Mas a arte, que ela amava e devotava o tempo de sua vida, sempre foi tratada como coisa secundária, assim como a cultura de um modo geral.

Essa carreira mágica da atriz, que mistura sonhos, alegria, compaixão, liberdade e confiança no futuro,  começou cedo. E durou mais de 60 anos - período no qual   divulgou a arte e sonhou desesperadamente com um tempo no qual o artista pudesse ser  tratado não como um produto, parte  secundária de um negócio, lembrado apenas nos  festivais, dos quais nunca leva  0,1% dos lucros obtidos.

Ednelza via a arte como parte de sonhos - aqueles que embalam as noites e abafam pesadelos para dar lugar à alegria de viver. Sua vida foi parte ou toda dedicada a compartilhar risos, fazer as crianças adentrarem um mundo de fantasias do qual não poderiam nunca abdicar, enquanto incitava os adultos a olhar para o amanhã ou como viver intensamente o hoje que ainda não encerrou.

Ednelza era singular, única. Uma mulher alegre, divertida, que passou por aqui como um raio de luz. E desaparece deixando saudades.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.