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O adeus a Dona Vivi


Por Raimundo de Holanda

25/11/2018 19h53 — em
Bastidores da Política



 Dona Vivi Campbel. Só a vi algumas vezes. Era orgulhosa. Orgulhosa dos filhos e no que ela conseguiu transformá-los. Não era feliz. Era, como toda mãe,  inquieta e apreensiva. Bebia no mesmo cálice  a preocupação com os filhos, a alegria que eles causavam e a dor pela qual passavam. Em 2014  dona Vivi sofreu com a morte da neta Mariana e em 2016 viu a filha Vivianne dar adeus em um acidente de carro.

No ano seguinte, no auge de um processo de delação irresponsável, disseram do filho coisas que ele não fez. Talvez essa dor - que a injustiça provoca - tenha doído mais em dona Vivi, porque contrariava tudo o que ela ensinara aos filhos e sabia que eles jamais romperiam esse limite. Soube que ela chorou… 

Ontem ela partiu, deixando exemplos de solidariedade, de compaixão, de apego a justiça, de crença nas pessoas, na  ideia de renascimento e de que o mal se desfaz por si mesmo.

Dona Vivi não era uma mãe diferente de outras mães. Era apenas, como muitas mães, não todas, uma mãe de verdade…

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ASSUNTOS: mauro campbel, Vivi campbel

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.