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Não era mesmo prudente privar os manauaras de visitar os seus mortos. Mas por que fechar a praia?


Por Raimundo de Holanda

04/11/2021 19h31 — em
Bastidores da Política



Ninguém entendeu por que a Praia da Ponta Negra foi fechada no feriado do dia 2. Se o balneário não podia ser aberto ao público  em razão de eventuais aglomerações, os cemitérios também não. Mas não seria lógico privar pelo segundo ano consecutivo os manauaras de visitar o  lugar onde tanta gente foi enterrada sem direito a um adeus.

É, necessário, entretanto,  um mínimo de coerência  do poder público na hora de definir prioridades.

É do conhecimento das autoridades que o vírus da Covid continua matando em Manaus. Nesta quinta-feira foram duas mortes.  E se a incidência de casos reduziu, não parou: há 70 novos  registros de infecção pelo vírus em um único dia.  O que significa que o lugar onde ele poderia estar presente, não apenas em razão da aglomeração, mas por “adormecer” entre os corpos sob sete palmos de terra, é o cemitério, não a praia.

Pesou o custo político na decisão de liberar os cemitérios e fechar a praia.

E se há custo politico é porque os políticos são pressionados a fazer o que não deveriam, levados a tomar decisões de alto risco.

No fundo,  a culpa é da população, que parece mais descuidada do que nunca, mais exposta do que nunca a um vírus assassino que deu uma trégua, fez um recuo, enquanto procria variantes perigosas e mortais.

Que o inverno que está chegando não o potencialize. E que Deus nos ajude…

Foto: Jander Robson / Portal do HolandaFoto: Jander Robson / Portal do HolandaFoto: Jander Robson / Portal do HolandaFoto: Jander Robson / Portal do HolandaFoto: Jander Robson / Portal do HolandaFoto: Jander Robson / Portal do HolandaFoto: Jander Robson / Portal do HolandaFoto: Jander Robson / Portal do HolandaFoto: Jander Robson / Portal do Holanda

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.