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Manaus enterra 200. Governador cometeu crime de responsabilidade


Por Raimundo de Holanda

13/01/2021 20h16 — em
Bastidores da Política


  • O crime de responsabilidade cometido pelo governador Wilson Lima, no caso da Covid 19, especialmente o problema da falta de oxigênio, é uma questão de impedimento do cargo. Uma tarefa que cabe ao Poder Legislativo se posicionar de forma firme, clara, que mostre que é o Poder que representa toda uma população ferida, chocada, enlutada.

De repente Manaus amanheceu tomada por homens e mulheres que viajaram dias pelo rio Amazonas, se espalharam pela cidade, se juntando a outras centenas saídas de bairros da periferia em busca de socorro.

Encontraram emergências fechadas ou onde o atendimento foi negado. Nada do que se disse ontem aqui - na esperança que tudo funcionasse bem - ocorreu. Foi um dia de caos e sofrimento.

Os tubos de oxigênio que chegaram aos montes via Força Aérea se esgotaram rapidamente. Um susto. Precisa mais, de dezenas de milhares de metros cúbicos, que o Brasil parece não dará conta.

Mas o que faltou então? Faltou prever que viria uma segunda onda e faltou montar a estrutura necessária para evitar o caos agora instalado.

Faltou, especialmente, agilidade, competência, tino administrativo, compromisso com a saúde pública, responsabilidade social do governador Wilson Lima com o seu povo. Faltou governo.

O crime de responsabilidade cometido pelo governador Wilson Lima, no caso da Covid 19, especialmente o problema  da falta de oxigênio, é uma questão de impedimento do cargo. Uma tarefa que cabe ao Poder Legislativo se posicionar de forma firme, clara, que mostre que é o Poder que representa toda uma população ferida, chocada enlutada.

UMA SUGESTÃO, PREFEITO ALMEIDA

O prefeito David Almeida não pode, como parece, perdido no início de uma administração que exige inteligência e competência.  As UPAS precisam ficar abertas 24 horas neste período difícil para os amazonenses. É uma decisão pessoal do prefeito deixar   todas as unidades de saúde abertas. Montar hospital de Campanha na área do Porto de Manaus , nas saídas dos principais bairros. A saída para  essa crise  exige audácia, criatividade e compromisso com todos. 

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.