A liberdade, a sua liberdade, ameaçada
A liberdade é um bem maior, mas hoje o debate político está concentrado em torno de como se vai prender. A liberdade de pensamento fez a civilização avançar, mas a censura às redes sociais é o tema recorrente nos centros de poder. A liberdade de imprensa e de opinião é uma consequência da democracia e de todas as demais liberdades, no entanto o país caminha para estabelecer que esse direito cabe apenas a um restrito grupo de emissoras e jornais, previamente selecionados para bajular o governante de plantão. E isso é um fenômeno global, que chegou a Brasilia com Bolsonaro e por extensão ao Amazonas com Wilson Lima. A ultima entrevista “seletiva” do governador eleito, com jornalistas barrados, é uma prova de que a liberdade de imprensa corre um sério risco de retrocesso.
Nem Bolsonaro nem Wilson Lima falam em investir maciçamente em educação para gerar consciência coletiva, respeito ao direito do outro, cidadania. Nenhum deles diz que segurança deriva de educação . Que educação gera oportunidades e cria uma sociedade do bem.
Sabe por que interessa esse estado de coisas? Porque interessa o discurso da violência contra a violência do qual se alimentam os Bolsonaro e se criam os Wilson Lima. Porque s classe política precisa de um povo desprotegido e carente para sobreviver e parir os falsos Messias. É nessa escuridão que se perde a liberdade, inclusive de pensamento.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.