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O CASO DA INTERCEPTAÇÃO DO AVIÃO DO FLAMENGO: Bolsonaro fez uso indevido de bem público para promoção pessoal


Por Raimundo de Holanda

24/11/2019 17h13 — em
Bastidores da Política



Jair Bolsonaro  governa o Brasil como um bem de sua propriedade. Ontem, na interceptação do avião do Flamengo por um caça F-5 da FAB, a mensagem deixou claro o que era uma evidência.

A Força Aérea, não só deu as boas-vindas ao time e felicitou a equipe campeã “em nome do presidente da República, Jair Bolsonaro”, como usou o slogan da campanha “Brasil acima de tudo”.

A propaganda pessoal foi feita nos céus do país, para todo mundo ver o uso de propriedades do governo federal como se fossem suas. Inclusive propriedades militares das Forças Armadas.

Resta saber o que fará o Ministério Público Federal, tão vigilante em outros governos. Vai continuar com a venda nos olhos ou vai denunciar o presidente por uso indevido e promocional de um bem público - um avião da Força Aérea? 

Em qualquer governo democrático, regido por leis democráticas, seria um  escândalo passível de punição. Mas Bolsonaro surfa em uma onda de histerismo nacional e se coloca acima das instituições do Estado.  .

Para o ex-capitão o Brasil é uma caserna pessoal, em pé de guerra. Guerra pessoal declarada contra as leis e os poderes. Usa a provocação, alimentando o ódio e estimulando a cizânia.

Com ele no poder o país fica cada vez mais confuso. Mas seus seguidores acham isso muito bacana. E curtem adoidado nas redes sociais. 

A foto que ilustra o destaque  desta coluna  foi publicada pelo site do Flamengo. Mostra o  Avião da FAB acompanhando  aeronave do clube na chegada ao Rio  

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ASSUNTOS: Bolsonaro faz média com Fla usando bem público. interceptação do avião do flamengo pela Força Aérea

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.