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Eleitor de Manaus é sensível e chora. Quem sabe capitalizar isso, vence


Por Raimundo de Holanda

01/12/2020 19h08 — em
Bastidores da Política


  • O eleitor, sensível, adotou um filho órfão. Depois, chorou com ele e atirou flores. A eleição estava decidida.

As redes sociais tiveram pouco ou nenhum impacto no resultado das eleições deste ano  em Manaus.  Giram em torno de um mundo ainda pequeno em uma cidade onde o acesso a internet é limitado.  Valeu o velho corpo-a-corpo e o jogo de cena. Venceu o melhor ator, o melhor protagonista de uma tragédia anunciada. A TV, mais uma vez,  estimulou uma virada. não pela audiência  cada  vez menor, mas pelo que vazou das cenas de  bastidores durante os debates.

Em dado momento, a eleição pendeu para um lado, até aquele episódio do drama pessoal e familiar capitalizado magistralmente  por um dos candidatos.  O eleitor, sensível,  adotou um filho órfão. Depois, chorou  com ele e atirou flores. A eleição estava decidida.

LIÇOES PARA 2022

Restou pouco aprendizado para 2022. Manaus está literalmente dividida e o interior, mesmo com número menor de eleitores, pode ser decisivo na eleição do próximo governador.  Vota mais, tem mais apetite e vai as urnas com o número do candidato anotado, enquanto em Manaus a abstenção apenas cresce a cada eleição.

ELEIÇÃO SUPLEMENTAR

Não é um quadro de ficção a ideia de uma eleição suplementar no Amazonas ano que vem. Isso vai depender  da forma como a subprocuradora Lindora Araújo vem puxando a corda sobre o pescoço do governador Wilson Lima, no caso do inquérito dos respiradores   superfaturados. E se há relação do vice-governador Carlos Almeida com os desvios apurados no setor de saúde. Se os dois cairem, seja por decisão do STJ ( Superior Tribunal de Justiça), seja via processo de impedimento pela  Assembleia  Legislativa,  haverá eleição para o cargo.  Tem gente apostando nesse cenário…

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.