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Eleições 2022: A hipocrisia está no ar. O que vale é o defeito do outro


Por Raimundo de Holanda

15/08/2022 19h52 — em
Bastidores da Política



Os que agridem e acusam com espantoso cinismo pisaram na mesma lama que veem nos sapatos dos outros, sem olhar o rastro que deixaram pelo caminho.

Não foi  preciso iniciar a campanha eleitoral para medir o grau de ofensas e uma certa hipocrisia no ar. Os ataques não partem apenas de políticos contra políticos, mas também dos que apostam que a memória da população é curta e que  eles, os agressores, não têm passado. Nao apenas têm. Pisaram na mesma lama que veem nos sapatos dos outros sem olhar o  rastro que deixaram pelo caminho.

É difícil para o eleitor fazer distinção entre corruptos, corruptores e vítimas de campanhas difamatórias. Quando jogam lama em uma pessoa esse ato tem o poder de contaminar a opinião pública. E é criminoso.

A chantagem está no ar, como  nunca antes vista, coadjuvada por uma certa leniência  de autoridades que têm o dever de coibi-la.

As instituições, ao que parece, fecharam os olhos  e os ouvidos. Às vésperas da largada do processo eleitoral prevalece um vale-tudo perigoso. Em cada esquina há um contador de histórias  sequestrando a verdade, se apropriando  da liberdade de expressão que não respeita o direito do outro.

A questão é uma só: quais interesses estão em jogo e o que pretendem além de jogar lama, denegrir e destruir reputações ?

O que está em jogo agora é mais do que  o que eles propagam  e que acaba  repercutindo na sociedade, cada vez mais desinformada e sujeita a manipulações.

O que está em jogo é a democracia, que conquistamos a duras penas, e aquela liberdade limitada pelo respeito ao espaço do outro, ao direito do outro.  

Às vezes, para sobreviver a essa avalanche de sons distorcidos, é melhor tapar os ouvidos e fechar os olhos. Porque os que eles dizem ou falam, passa se não dermos atenção.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.